Três dias antes da tragédia, o brasileiro foi a um tribunal para responder por outro processo por excesso de velocidade

O brasileiro Nei Lima da Costa, 29 anos, matou três pessoas atropeladas em Melbourne, na Austrália. Segundo a imprensa australiana, Nei dirigia a 120 km/h, ultrapassou um sinal vermelho e atropelou primeiro Anthony Parsons, 45 anos, um pedestre. Logo depois, ele perdeu o controle e acabou batendo em um outro veículo, matando um casal de passageiros. Nei estava sob efeito de um tipo forte de metanfetamina conhecida como cristal ou "ice".

Nei é casado com uma australiana, com quem tem uma filha de 2 meses. Segundo a polícia, ele seguia para Sorrento, onde a família da mulher tem uma casa de férias. No acidente, o brasileiro ainda feriu outras três pessoas - o motorista do carro atingido por ele está ferido em estado grave.

Três dias antes da tragédia, o brasileiro foi a um tribunal para responder por outro processo por excesso de velocidade.

Parsons estava atravessando a rua com a esposa quando foi atropelado, no domingo. O corpo foi arremessado 50 metros à frente por conta do impacto. A mulher dele, Susan, já havia sofrido um acidente no ano passado, quando um motorista que estava mandando um torpedo no celular a atropelou. Dessa vez ela não se feriu.

O casal Isnimi e Savvas Menaleou, ambos com cerca de 60 anos, também morreu. Eles estavam em um carro viajando com a família quando foram atingidos pelo veículo do brasileiros. Exames confirmaram que Nei estava sob efeito de drogas.

O acidente chocou a Austrália, onde tem sido noticiado com destaque.

O brasileiro já foi a uma audiência preliminar ontem, de muletas e usando uma tipóia, para saber se poderá aguardar o julgamento livre. Ele pediu fiança. "Ele sabe que vai passar um longo tempo na cadeia, então, ele quer resolver algumas questões pessoais antes de ser preso", garante a advogada de defesa, Lisa Mendicino, citada pelo portal Terra. Para a polícia australiana, há risco de Nei tentar fugir para o Brasil.

Nei responde por sete acusações - três por direção perigosa, três por negligência, provocando lesão grave, e uma por imprudência, provocando risco à vida. A fiança foi negada e o caso terá nova audiência em março.